Em resultado da governação ruinosa, trapaceira e mentirosa de José Sócrates que afundou este país para sempre, as eleições legislativas de 2011 trouxeram para o governo Pedro Passos Coelho. A esperança de melhorias existia na mente de muitos portugueses, mas rapidamente começaram a desaparecer. As promessas eleitorais que levariam a profundas reformas estão por cumprir e os interesses do capital público e privado continuam intocáveis.
O atual primeiro-ministro tem o dever moral e político de alterar este estado de coisas, primeiro, por que o prometeu durante a campanha eleitoral e segundo, por que colocará, se não o fizer, o sistema político-partidário e a democracia em causa. A credibilidade dos agentes políticos está colocada à prova.
Posto isto, o que este governo de Passos tem a obrigação de fazer é:
- acabar com todas as mordomias (gabinetes, adjuntos, assessores, secretárias, apoios administrativos, automóveis, motoristas, etc.) dos
ex-presidentes da república;
- alterar a constituição da república removendo-lhe o cariz esquerdista e reacionário, modernizando-a e adequando-a à realidade atual;
- reduzir o número de deputados da assembleia da república para um número inferior a uma centena e profissionalizar os políticos;
- alterar a lei eleitoral, constituindo os ciclos uninominais por distrito;
- acabar com todos os benefícios (subsídios de alojamento, de deslocação e de refeição, de reinserção, de reformas, etc) dos deputados e implementar o regime remuneratório exclusivo durante a legislatura;
- acabar com inúmeros institutos e fundações públicas cuja utilidade é nula e que só servem para duplicar pessoal, funções e encargos;
- anular os contratos das parcerias público-privadas e pedir dinheiro para liquidar as dívidas, poupando dinheiro e evitando encargos tremendos no futuro;
- encerrar as empresas municipais que só criam despesa e permitem a acumulação de funções de administradores, não solucionando o problema que levou a sua formação;
- alterar a lei autárquica, reduzindo o número de câmaras e assembleias municipais, modificar a forma de representatividade, acabar com as juntas de freguesia nas áreas a que pertencem as câmaras e reduzir significativamente o número de freguesias;
- cessar com os pagamentos de prémios de presença a reuniões de câmaras e de juntas;
- responsabilizar civil e criminalmente administradores, diretores e gestores públicos, bem como presidentes de câmara por todos os seus atos de gestão praticados durante os seus mandatos;
- acabar com o financiamento dos partidos políticos por parte do estado, através do seu orçamento, ou seja, por via dos contribuintes;
- acabar com a existência de viaturas topo de gama e motoristas particulares para uso de ministros, secretários de estado, administradores, diretores, gestores, assessores e presidentes de câmara, excetuando-se o presidente da república e o primeiro-ministro;
- criar uma frota limitada de viaturas de gama baixa e devidamente identificadas com chapas do estado para uso exclusivo de ministros, que as conduzirão nas suas deslocações de serviço oficial;
- impedir o uso de telemóveis de trabalho para fins pessoais, limitando drasticamente as despesas em chamadas e mensagens;
- limitar drasticamente o número de administradores e de assessores das empresas públicas, poupando muito dinheiro ao erário público;
- limitar o vencimento de qualquer detentor de cargo público ao valor auferido em vencimento pelo presidente da república;
- acabar com o pagamento de horas extraordinárias e ajudas de custos a ministros, secretários de estado, administradores, diretores, gestores, assessores e presidentes de câmara que muito têm contribuído para o esbanjamento de dinheiros públicos;
- acabar com os todos os pareceres jurídicos solicitados a sociedades de advogados privados e colocar os gabinetes jurídicos dos ministérios a efetuar esse trabalho, economizando dinheiro e aproveitando recursos humanos do estado;
- exigir a devolução do dinheiro dos contribuintes aos acionistas de BPN e BPP que, como instituições bancárias privadas que são, não redistribuíram lucros ou dividendos por todos nós quando os tiveram;
- acabar com o financiamento milionário à RTP através do orçamento geral do estado e com a contribuição audiovisual através da fatura de eletricidade, cobrada pela EDP;
- criminalizar o enriquecimento ilícito e confiscar bens a favor do estado obtidos em resultado dessa atividade;
- criar um período obrigatório de pausa de três anos entre o término do exercício de funções governamentais e a ocupação de cargos em empresas públicas ou privadas, em qualquer situação e, particularmente, onde se verifique conflito de interesses;
- regular e fiscalizar efetivamente toda a atividade bancária;
- diminuir margens de lucro dos bancos, padronizar custos de prestação de serviços bancários e aumentar os impostos às instituições financeiras;
- proceder a um levantamento geral e minucioso de todos aqueles que ocupam cargos políticos, quer ao nível central ou local, por forma a tornar público o seu património antes e depois do exercício de funções;
- cessar completamente o sigilo bancário, não sendo preciso qualquer ordem judicial para o estado aceder a qualquer tipo de conta, pessoal ou coletiva, particular ou empresarial;
- aumentar a cobrança de impostos e o confisco de bens para pagamento das dívidas ao estado;
- efetivar o combate à corrupção e ao tráfico de influências.
Aqui ficam algumas ações que considero imprescindíveis e que muito podem contribuir para a valorização do cidadão português e do nosso país.
Não se adotem estas medidas e nas próximas eleições irão os “nossos” políticos ver para onde vão os votos. Depois não se queixem que a representatividade ficará assim eternamente comprometida.
Esquece...O Povo é BURRO...nas próximas eleições lá estão eles a cumprir o dever...tal como os antigos dizeres do antigamente...votar é um dever...
ResponderExcluirNENHUMA revolução drástica em NENHUM local do mundo se fez com votos nem com diálogo...
Eu acredito que é impossível mudar o "sistema"...A ganancia e o poder está entranhada no ser humano e só recomeçando do zero...Bummmmmmmmmmmm
Abr, Pedro
A tua proposta é quase uma revolução socialista. Gostei de ler.
ResponderExcluirjoao de miranda m.