domingo, 27 de junho de 2010

Portugal é africano…

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Portugal deixa a Europa e passa a pertencer definitivamente a África. Nesta altura os meus caros leitores interrogam-se: O que quererá ele dizer com isto? Com calma, eu explico-vos tudo.

Esta é, para mim, uma evidência. Portugal deixou de ser europeu ou, se calhar, nunca o foi.

A diferença real entre os portugueses e os africanos é a cor da pele. Quanto a semelhanças, somos tão pobres quanto eles. As diferenças sociais são tão marcantes quanto as nossas. Têm a governá-los ladrões, usurpadores e vigaristas como nós, que só se interessam é pelo seu bem-estar e enriquecimento pessoal.

Se calhar, outra “pequena” diferença entre nós reside no facto de quando os nossos políticos, administradores públicos e privados nos roubam dinheiro do bolso, directa ou indirectamente e à descarada, nós parvos sabemos e não dizemos nem fazemos nada, enquanto aos africanos isso está sempre acontecer e eles muitas vezes nem sequer o sabem.

As condições de vida, para a maioria dos portugueses e africanos, são muito precárias e a quantidade de dinheiro que têm para sobreviver é ridícula. Eu só me sentiria efectivamente europeu se não pagasse impostos tão ou mais elevados do que os outros europeus, os bens e serviços tivessem custos aproximados e os vencimentos estivessem ao nível daqueles que se praticam na Europa.

Também há diferenças na forma como gastam ou desviam os dinheiros públicos. Os dirigentes políticos africanos fazem-no camufladamente, enquanto os portugueses é às claras sem qualquer pudor e com toda a frieza. A tudo se permitem, pois sabem que os lorpas assistem e nem mugem.

Tiram-me do sério aqueles que afirmam que até temos impostos ou preços mais baixos em relação ao resto da Europa. Bordamerda, isso é mentira. E os ordenados em Portugal? São iguais aos europeus, comparativamente às profissões que têm? Não, nem pensar, estão a léguas de distância. E depois pedem-nos sacrifícios cortando no pouco dinheiro que ganhamos e os cabrões continuam a gastar à grande e à francesa.

Que se lixe a Europa, eu vivo num país africano. Também já não faltará muito para andarmos de catana não a cortar o capim mas a cortar as cabeças de quem nos rouba…

Imagem (daqui)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Maricagens e fofalhices…

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Era nestes modos que um amigo meu se referia aqueles que, ao se sentirem atraídos por indivíduos do mesmo sexo, podem agora pensar em contrair matrimónio. Muito embora ainda não possam ser abençoados pela santa madre igreja, brincava ele.

Perguntava-me se não era demais, um exagero mesmo. Dizia-me, inclusive, se não era um escândalo, termos uma lei que permite a celebração de casamento homossexual. Ainda por cima, elaborada e votada à pressa, como se o governo precisasse disso para combater a crise ou para fazer baixar o défice. É claro que todo este processo estrasanda a eleitoralice, concluiu.

Sem querer ser discriminador, aliás nunca fui, concordei com ele. Chamar-lhe casamento é, no mínimo, uma tolice e, no máximo, uma ofensa. União civil, isso sim. Com plenos direitos como os casais heterossexuais nesta situação, também estou de acordo.

Portanto, neste plano, e apesar da brincadeira do meu amigo, ambos pensamos de igual modo. Mas, quando passamos para o plano da adopção, as coisas já piam fino. Lá voltou o meu amigo à carga. Tu que és de Biologia, não achas que é contra-natura? Como se pode estruturar a personalidade de uma criança, adoptada por um casal homossexual, se os referenciais do masculino e do feminino não estão simultaneamente presentes?

Ele continuava a bombardear-me com questões e eu tentava responder-lhe. Olha, eu não concordo com a adopção por casais homossexuais. Com a adopção monoparental, sim. Por casais heterossexuais, claro, é a mais natural. Ou seja, no seio de uma família, a criança necessita de identificar um pai e uma mãe e nunca o poderá fazer na presença de dois pais ou de duas mães.

Por outro lado, o amor verdadeiro e profundo entre duas pessoas é, ou pode ser, sublimado pelos filhos, através do acto de procriar ou adoptar. Em qualquer das situações, não o aceito entre pessoas do mesmo sexo, porque como não o podem realizar naturalmente, procuram uma compensação, adoptando.

Também não questiono o amor que os casais homossexuais poderão demonstrar por uma criança, questiono as referências opostas e complementares entre o masculino e o feminino que não existem num relacionamento homossexual. Para aqueles que possam dizer que isto é virtual ou que não é verdade, digo apenas que estão a procurar disfarçar um problema concreto e que isto não vai ajudar a sua causa.

O acto de procriar é um acto de escolha e transmissão de genes, mesmo entre a classe humana racional e inteligente. É igualmente instintiva e sensitiva, mas praticada por duas entidades de género diferente. Só assim é morfologicamente possível. Se não for por métodos naturais, pois que os casais heterossexuais recorram a técnicas artificiais procriativas.

Como eu gostava de viajar ao interior da mente de uma criança quando ela atingir o estádio de desenvolvimento em que percebe a distinção de géneros e sentir que afinal tem dois pais ou duas mães. Quem é que humanamente estaria disposto a passar por uma experiência desta?...

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terça-feira, 8 de junho de 2010

Tudo desigual na avaliação…

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Este sistema de avaliação, que temos em Portugal, está ultrapassado e caduco. Ninguém se entende e a misturada é enorme. Critérios de uniformidade, não existem. A trapalhada impera e a desordem abunda.

Não se admite que a classificação dos instrumentos de avaliação venha expressa em níveis qualitativos de insatisfaz, satisfaz, satisfaz bem e satisfaz muito bem, no 2º ciclo e insuficiente, suficiente, bom e muito bom para o 1º, 3º ciclo e secundário. E quando acrescentam graduações intermédias de mais ou menos nestas escalas? O problema agrava-se imenso porque isto não é igual em todas as escolas!...

Por outro lado, também não se percebe que a classificação quantitativa, particularmente nos finais de período, não exista no 1º ciclo, surja numa escala por níveis (de 1 a 5) no 2º e 3º ciclo e por valores (de 0 a 20) no secundário.

A balbúrdia aumenta quando se tem de converter classificações qualitativas a quantitativas, pois, de escola para escola, também não há uniformidade de critérios. Embora, na generalidade, considere que existe bom senso na classe docente quando avaliam os seus alunos, todos sentem dificuldades em entenderem-se nesta confusão.

Estão a imaginar as dificuldades dos pais e encarregados de educação em interpretar as informações dos seus educandos? E quando se tratam de alunos que frequentaram o 9º ano e que agora estão no 10º? Neste caso, é uma barafunda. Alunos a adaptarem-se a um sistema novo e diferente e os pais a tentarem compreender como tudo funciona.

Para mim, o ideal seria utilizar uma escala única nos diferentes graus de ensino. Podia, por exemplo, ser tudo expresso em percentagem (de 0 a 100%), sem menção qualitativa, os testes de avaliação formativos e sumativos, as avaliações finais do período, independentemente do grau de ensino. Até as classificações finais de todas as disciplinas, as classificações de exame e as classificações para efeitos de candidatura também.

É um processo prático e objectivo, não acham? Se não gostam desta sugestão, então proponham outra mas uniforme… Eu estou farto desta desigualdade.

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