quarta-feira, 31 de março de 2010

A gestão da ignorância…

orgulho_e_ignorancia Saber gerir a ignorância do povo sempre foi e sempre será a fórmula ideal de exercer e de controlar o poder, quer ele seja religioso, económico ou político. Quanto mais ignorante for a pessoa mais fácil será controlá-la e manipulá-la.

A história da humanidade assenta nessa premissa e o ignorante só a espaços reage e a história muda. Desde sempre o homem mais instruído sabia como influenciar e manipular os outros, levando há aceitação do seu poder.

O poder pelas armas existe e exerce o seu domínio sobre o oprimido, ignorante ou não, até ao momento em que os mais instruídos o consigam neutralizar ou o ignorante se revolte e atire o peito às balas por motivações que não domina.

Nunca como agora, a manipulação da ignorância dos outros serve na perfeição para a manutenção do estado das coisas. Tudo se deteriora e se desmorona à nossa volta e os tolos assistem sem moverem uma palha. Eles, os espertos, continuam a exercer o seu poder de forma descarada e ostensiva, pois enquanto a ignorância se mantiver, eles dominarão e enriquecerão.

O segredo da evolução das mentalidades está na informação e no conhecimento. As sociedades modernas evoluídas e justas, como as nórdicas, baseiam o seu sucesso no combate à ignorância. Um indivíduo informado e bem formado é mais útil e produtivo à sociedade. A partilha do conhecimento funciona como motor do saber individual. Duvidam disto?

Imagem (daqui)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Vergonha sacerdotal…

Padre_Filhos Nunca como agora me convenço que o celibato na igreja católica apostólica romana é uma idiotice e já não convence ninguém, nem mesmo os mais beatos. A estes, o medo fá-los calar pois o desejo do reino dos céus é mais forte.

Querer fazer-nos acreditar que um sacerdote deve apenas amor a Deus, não o podendo dividir com uma companheira ou com os seus filhos é contra natura para ele e perpetua a secundarização do papel da mulher, tão profusamente difundido pela igreja ao longo dos tempos.

Não consigo perceber a teimosia da hierarquia eclesiástica, preferindo continuar a assistir às promiscuidades de padres, bispos e cardeais envolvidos com mulheres (criadas, voluntárias ou amigas) ou com homens (menores ou não), julgando talvez que os seus fiéis não acreditem em tais actos. Errado.

Ainda para mais, quantos de nós não conhecemos ou ouvimos falar dos filhos inocentes resultantes dessas devassas a quem rotulam de afilhados ou sobrinhos?

Quando é que a estrutura da igreja decide reconhecer este estado de coisas e acabar com toda esta vergonha e falsos moralismos? Ou é preferível continuar a assistir ao abandono de uma vocação por sacerdotes que genuinamente optam pelo amor a uma mulher?

A igreja continua em crise porque não se moderniza, porque é excessivamente dogmática e porque sempre achou que para se afirmar tinha que criar roturas e diferenças com outros pensamentos religiosos.

Imagem adaptada (daqui)

domingo, 7 de março de 2010

Fui gamado…

gamado Senti-me gamado. Não, fui roubado. Podia ter evitado? Sim. Foi grave? Não, porque não estiveram envolvidos bens materiais de valor.

Mas, perguntam vocês. Afinal qual é o motivo para tanta indignação?

Então aqui vai. Viajava na A1 de sul para norte e resolvi parar numa área de serviço. A hora do lanche obrigava a degustar algo e não hesitei. Aproveitei para esticar as pernas e relaxar um pouco.

Na zona de self-service retirei uma sanduíche de queijo e uma coca-cola de 50 cl. Quando fui pagar fiquei burro: 2,80€ pela sanduíche e 2,65€ custava a coca-cola. Não queria acreditar no que ia pagar. Estão a imaginar 5,45€ pelos dois artigos. Só não os devolvi por pudor e também por necessidade de enganar o estômago até chegar a casa.

Perguntam os meus caros leitores. Mas já não sabias, há muito tempo, que os preços nas áreas de serviço nas nossas auto-estradas são elevadíssimos? Eu respondo-vos que sim. A diferença é que hoje fiquei agastado demais. E eu pergunto. Se os meus amigos já sabiam disto há tanto tempo como eu, porque é que não reclamam ou não se indignam?

Estes senhores da empresa Áreas Portugal S.A. praticam os preços que querem e ninguém diz nada. O estado, que nos devia defender, olha para o lado e nem sequer fiscaliza os preços dos produtos que lá se vendem. As margens de lucro são desmesuradas e tudo continua na mesma.

São milhares aqueles que circulam pelas nossas auto-estradas e não estou a vê-los a trazerem de casa o lanchinho para não serem espoliados quando recorrem aqueles serviços. Ou acham que sim?

Se utilizamos as vias rodoviárias portajadas devemos pagar pela sua utilização. Concordo, mas cuidado com os exageros. Se abastecemos nessas vias, pagamos o combustível mais caro. Neste caso, já acho que nos estão a meter a mão no bolso. Mas, cobrar preços escandalosos em produtos alimentares é gamanço descarado. Tenham vergonha e não explorem o pessoal.

Isto merecia era um levantamento popular…

Imagem (daqui)