segunda-feira, 31 de maio de 2010

“Eu, eu e depois eu…”

jovens rebeldes

Estas novas gerações nascem formatadas e centradas no eu. Em primeiro lugar estou eu, em segundo eu, terceiro eu e por último talvez eu. É exactamente assim que pensam e não admitem outra coisa.

O que mais me incomoda nos jovens é não saberem pedirem desculpa quando erram, falham ou ofendem. Em qualquer atitude ou acto praticado que colida com a liberdade ou a personalidade do outro, nunca equacionam a possibilidade de pedirem desculpa. E, quando o fazem, tal só serve para disfarçar o seu acto ou arrumar rapidamente com o assunto, pois o que se passou não tem importância nenhuma.

Os jovens têm imensa dificuldade em aceitar um não, pois não gostam de ser contrariados. Recusam-se a assumir responsabilidades e rapidamente passam para a confrontação ou, no caso do mais inteligentes, para a manipulação dos seus educadores.

Em matéria de castigos, já poucos funcionam. Porquê? Porque o adulto educador não vai manter muito tempo a punição e o jovem sabe disso. A sua educação (deficiente) leva-o a assumir abertamente que não se importa com o castigo, pois sabe que ele não durará muito e que o coração mole de quem o educa fraquejará num ápice.

Esta educação à “Gandhi” de criar e educar os filhos numa atmosfera de paz e amor, sem castigos, punições ou até umas palmadas, está a fazer deles uns confrontadores e uns manipuladores. São eles que estão a assumir o controlo sobre os adultos e nós deixamos que isso aconteça.

Não faltará muito para assistirmos aos filhos a adoptar o papel de pais e estes o dos filhos. Invertem-se os papéis, subverte-se o acto de educar. Mas vamos chegar ao ponto em que os filhos agredirão os pais, isso é certo. Eu falo de agressão física, porque verbal ou psicológica já está presente.

Será preciso um pai ou uma mãe levar umas bofetadas, uns murros ou uns pontapés do filho(a) para percebermos que não estamos no caminho certo?

Começa a não haver pachorra para tanta passividade e deseducação…

Imagem adaptada (daqui)

domingo, 23 de maio de 2010

Que saudades que eu tenho…

lagrimas de saudade

Que saudades que eu tenho de há vinte anos atrás. Durante os anos noventa, por exemplo, tudo era diferente, tudo sabia melhor.

A vida fluía simples, ao ritmo do tempo que era o certo, mais lento do que o actual. No fundo, vivia-se a vida e sentia-se prazer nela.

Sinto falta da forma como as pessoas lidavam umas com as outras. Entre nós reinava o respeito, a cordialidade, a franqueza, a simplicidade e até a honestidade. A palavra tinha valor, a solidariedade ainda existia.

De volta há realidade presente, o mundo transformou-se e os valores desapareceram. As novas gerações são, na generalidade, egoístas, interesseiras, arrogantes, incultas, malandras e emproadas. Não gostam de regras e são insatisfeitas por natureza.

Vivendo agora, sinto-me muito pior, envelheço mais rápido do quero e a falta de valores dos outros fazem-me velho mais depressa. Mas eu resisto, nem que seja isolando-me mais, individualizando-me mais e enquistando mais. Vivo para os meus, pois é só com eles que eu posso contar.

Isto não é nostalgia, é efectivamente revolta da sociedade de merda em que nos tornámos…

Imagem (daqui)

domingo, 16 de maio de 2010

“Uma profe na playboy?!…”

professora Na sexta-feira, via calmamente o jornal da noite, quando o “meu amigo” Rodrigo Guedes de Carvalho deixa cair uma “bomba” sobre mim e todos os telespectadores.

Uma professora de Mirandela tinha pousado para a playboy. O quê?! Instantaneamente, a minha mente disparou em perguntas. Na playboy portuguesa? Só podia ser. De que mês? Será na de Maio? Tinha de ir confirmar, comparando as imagens exibidas com as publicadas na revista.

No escritório, liguei o portátil e acedi há internet. Após umas pesquisas, encontrei o ensaio fotográfico. Confesso que fiquei admirado. Não é que estivesse à espera de uma mulher tipicamente portuguesa de baixa estatura, com bigode e pernas peludas, pois este tipo encontra-se em vias de extinção e nunca ousaria sequer pousar assim.

As fotos revelavam uma mulher bonita, sensual e escultural, mostrando um corpo de fazer inveja a muitas. Admirei, também, a coragem que teve em aceitar este trabalho e suponho que estivesse consciente da problemática que iria causar na sua comunidade, sendo ela uma professora.

As opiniões, junto da comunidade mirandelense, dividiram-se. Agradou aos homens, que aceitaram bem não vendo problema relativamente ao exemplo que ela poderia dar como docente. Relativamente às mulheres, o caso foi diferente. Umas condenaram reclamando do que os meninos diriam e do seu “mau” exemplo perante eles. Tenho que admitir que pressenti nestas uma pontinha de inveja nas suas palavras. Outras aceitaram bem. Eu, particularmente, gostei de sentir os sinais de tolerância e de modernidade que também nos chegam do Portugal mais esquecido.

A nódoa nesta história toda veio das palavras e da atitude da vereadora da educação da câmara municipal de Mirandela. Por azar, também ela uma professora, daquelas mais conservadoras. Condenou o acto claro, falou do exemplo para os alunos e, pasme-se, decidiu suspender das suas funções a professora e colocá-la como arquivista dentro das instalações camarárias. Moral da história: longe dos meninos, longe a tentação e o mau exemplo.

Confesso que ainda não consegui vislumbrar onde está o problema, a celeuma ou sequer se tudo isto é de facto notícia. Mas é o país que temos e o jornalismo que temos. Curioso é problematizar se nós professores continuamos a ser ou não exemplos (bons ou maus) para os nossos alunos e se eles nos vêem como tal. Fica aqui a promessa que vos falarei sobre isto noutra altura.

Para finalizar apetece-se dizer que, se a moda de pousar para revistas “masculinas” pega, duas coisas podem acontecer, ou a cultura portuguesa fica mais rica visual e intelectualmente, ou o professorado feminino encontrou uma outra maneira de se “aposentar” recorrendo à profissão de modelo. Não sei se fique triste ou se me alegre.

Mas uma coisa sei. Isabel Alçada, se eu fosse a ti estaria com muito medo, muito medo mesmo. Isto poderá ser a debandada geral.

Imagem (daqui)

domingo, 9 de maio de 2010

OS BENFIQUISTAS E OS POLÍTICOS…

benfica-adeptos políticos

 

 

 

 

 

Os benfiquistas e os políticos!... O que têm uns com os outros? A resposta é desconcertantemente fácil. Nada, simplesmente nada. Porquê? Vamos então ver as razões.

Os benfiquistas são homens e mulheres do povo e os políticos não são do povo, não representam o povo, servem-se dele.

Os benfiquistas trabalham e servem o país, enquanto os políticos falam muito, fazem pouco e usam o país para seu benefício pessoal e económico.

Os benfiquistas são pessoas simples, honestas, lutadoras e respeitadoras, os políticos são malabaristas, desonestos, displicentes e individualistas.

Os benfiquistas são-no do coração, com ardor e paixão, por outro lado, os políticos não têm coração, mas tem muitas caras e defendem causas que não são as suas.

O benfiquista é autêntico, sincero e crítico do seu próprio clube, os outros (os políticos) são falsos, passam a vida a dizer mal uns dos outros e a prometer aquilo que nunca fariam intenção de cumprir.

A política acabou em Portugal, ninguém acredita nos políticos, só nos resta acreditar em nós próprios. A política bateu no fundo, o Benfica chegou ao topo.

Obrigado, Benfica por todas as alegrias e por esta época brilhante.

Imagem (daqui) e (daqui)