Estas novas gerações nascem formatadas e centradas no eu. Em primeiro lugar estou eu, em segundo eu, terceiro eu e por último talvez eu. É exactamente assim que pensam e não admitem outra coisa.
O que mais me incomoda nos jovens é não saberem pedirem desculpa quando erram, falham ou ofendem. Em qualquer atitude ou acto praticado que colida com a liberdade ou a personalidade do outro, nunca equacionam a possibilidade de pedirem desculpa. E, quando o fazem, tal só serve para disfarçar o seu acto ou arrumar rapidamente com o assunto, pois o que se passou não tem importância nenhuma.
Os jovens têm imensa dificuldade em aceitar um não, pois não gostam de ser contrariados. Recusam-se a assumir responsabilidades e rapidamente passam para a confrontação ou, no caso do mais inteligentes, para a manipulação dos seus educadores.
Em matéria de castigos, já poucos funcionam. Porquê? Porque o adulto educador não vai manter muito tempo a punição e o jovem sabe disso. A sua educação (deficiente) leva-o a assumir abertamente que não se importa com o castigo, pois sabe que ele não durará muito e que o coração mole de quem o educa fraquejará num ápice.
Esta educação à “Gandhi” de criar e educar os filhos numa atmosfera de paz e amor, sem castigos, punições ou até umas palmadas, está a fazer deles uns confrontadores e uns manipuladores. São eles que estão a assumir o controlo sobre os adultos e nós deixamos que isso aconteça.
Não faltará muito para assistirmos aos filhos a adoptar o papel de pais e estes o dos filhos. Invertem-se os papéis, subverte-se o acto de educar. Mas vamos chegar ao ponto em que os filhos agredirão os pais, isso é certo. Eu falo de agressão física, porque verbal ou psicológica já está presente.
Será preciso um pai ou uma mãe levar umas bofetadas, uns murros ou uns pontapés do filho(a) para percebermos que não estamos no caminho certo?
Começa a não haver pachorra para tanta passividade e deseducação…
Imagem adaptada (daqui)