Que saudades que eu tenho de há vinte anos atrás. Durante os anos noventa, por exemplo, tudo era diferente, tudo sabia melhor.
A vida fluía simples, ao ritmo do tempo que era o certo, mais lento do que o actual. No fundo, vivia-se a vida e sentia-se prazer nela.
Sinto falta da forma como as pessoas lidavam umas com as outras. Entre nós reinava o respeito, a cordialidade, a franqueza, a simplicidade e até a honestidade. A palavra tinha valor, a solidariedade ainda existia.
De volta há realidade presente, o mundo transformou-se e os valores desapareceram. As novas gerações são, na generalidade, egoístas, interesseiras, arrogantes, incultas, malandras e emproadas. Não gostam de regras e são insatisfeitas por natureza.
Vivendo agora, sinto-me muito pior, envelheço mais rápido do quero e a falta de valores dos outros fazem-me velho mais depressa. Mas eu resisto, nem que seja isolando-me mais, individualizando-me mais e enquistando mais. Vivo para os meus, pois é só com eles que eu posso contar.
Isto não é nostalgia, é efectivamente revolta da sociedade de merda em que nos tornámos…
Imagem (daqui)
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