Portugal deixa a Europa e passa a pertencer definitivamente a África. Nesta altura os meus caros leitores interrogam-se: O que quererá ele dizer com isto? Com calma, eu explico-vos tudo.
Esta é, para mim, uma evidência. Portugal deixou de ser europeu ou, se calhar, nunca o foi.
A diferença real entre os portugueses e os africanos é a cor da pele. Quanto a semelhanças, somos tão pobres quanto eles. As diferenças sociais são tão marcantes quanto as nossas. Têm a governá-los ladrões, usurpadores e vigaristas como nós, que só se interessam é pelo seu bem-estar e enriquecimento pessoal.
Se calhar, outra “pequena” diferença entre nós reside no facto de quando os nossos políticos, administradores públicos e privados nos roubam dinheiro do bolso, directa ou indirectamente e à descarada, nós parvos sabemos e não dizemos nem fazemos nada, enquanto aos africanos isso está sempre acontecer e eles muitas vezes nem sequer o sabem.
As condições de vida, para a maioria dos portugueses e africanos, são muito precárias e a quantidade de dinheiro que têm para sobreviver é ridícula. Eu só me sentiria efectivamente europeu se não pagasse impostos tão ou mais elevados do que os outros europeus, os bens e serviços tivessem custos aproximados e os vencimentos estivessem ao nível daqueles que se praticam na Europa.
Também há diferenças na forma como gastam ou desviam os dinheiros públicos. Os dirigentes políticos africanos fazem-no camufladamente, enquanto os portugueses é às claras sem qualquer pudor e com toda a frieza. A tudo se permitem, pois sabem que os lorpas assistem e nem mugem.
Tiram-me do sério aqueles que afirmam que até temos impostos ou preços mais baixos em relação ao resto da Europa. Bordamerda, isso é mentira. E os ordenados em Portugal? São iguais aos europeus, comparativamente às profissões que têm? Não, nem pensar, estão a léguas de distância. E depois pedem-nos sacrifícios cortando no pouco dinheiro que ganhamos e os cabrões continuam a gastar à grande e à francesa.
Que se lixe a Europa, eu vivo num país africano. Também já não faltará muito para andarmos de catana não a cortar o capim mas a cortar as cabeças de quem nos rouba…
Imagem (daqui)