Este sistema de avaliação, que temos em Portugal, está ultrapassado e caduco. Ninguém se entende e a misturada é enorme. Critérios de uniformidade, não existem. A trapalhada impera e a desordem abunda.
Não se admite que a classificação dos instrumentos de avaliação venha expressa em níveis qualitativos de insatisfaz, satisfaz, satisfaz bem e satisfaz muito bem, no 2º ciclo e insuficiente, suficiente, bom e muito bom para o 1º, 3º ciclo e secundário. E quando acrescentam graduações intermédias de mais ou menos nestas escalas? O problema agrava-se imenso porque isto não é igual em todas as escolas!...
Por outro lado, também não se percebe que a classificação quantitativa, particularmente nos finais de período, não exista no 1º ciclo, surja numa escala por níveis (de 1 a 5) no 2º e 3º ciclo e por valores (de 0 a 20) no secundário.
A balbúrdia aumenta quando se tem de converter classificações qualitativas a quantitativas, pois, de escola para escola, também não há uniformidade de critérios. Embora, na generalidade, considere que existe bom senso na classe docente quando avaliam os seus alunos, todos sentem dificuldades em entenderem-se nesta confusão.
Estão a imaginar as dificuldades dos pais e encarregados de educação em interpretar as informações dos seus educandos? E quando se tratam de alunos que frequentaram o 9º ano e que agora estão no 10º? Neste caso, é uma barafunda. Alunos a adaptarem-se a um sistema novo e diferente e os pais a tentarem compreender como tudo funciona.
Para mim, o ideal seria utilizar uma escala única nos diferentes graus de ensino. Podia, por exemplo, ser tudo expresso em percentagem (de 0 a 100%), sem menção qualitativa, os testes de avaliação formativos e sumativos, as avaliações finais do período, independentemente do grau de ensino. Até as classificações finais de todas as disciplinas, as classificações de exame e as classificações para efeitos de candidatura também.
É um processo prático e objectivo, não acham? Se não gostam desta sugestão, então proponham outra mas uniforme… Eu estou farto desta desigualdade.
Imagem (daqui)
Acrescento ainda a avaliação dos formandos (e professores!!) que agora emprega uma escala de 0 a 10, sendo este valor máximo correspondente a Excelente. Realmente não há unifomidade, o que está mal, mas este facto tem tudo a ver com o carácter português: a cada cabeça, sua sentença!!
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ResponderExcluirSó uma ideia para baralhar mais...
ResponderExcluirAs classificações do tipo insatisfaz, satisfaz, etc.. são quantitativas...
Elas obedecem a uma escala...
Qualquer escala é, por definição, quantitativa...
A quantidade não tem de ser expressa em números...
É só a minha ideia...
José Cruz
ResponderExcluirÉ a tua ideia e está certa.
Também os números podem representar graus de qualidade. 40ªC é mau. É quente. -10ºC também é mau... é frio como o c.
Grau 8 de Richter é um terramoto fod...
Um vinho de 14 graus é bom.
90/60/90 é uma gaja podre de boaaa...
Bom post do autor do blog. É mais uma das incongruências do sistema que temos.