quinta-feira, 17 de junho de 2010

Maricagens e fofalhices…

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Era nestes modos que um amigo meu se referia aqueles que, ao se sentirem atraídos por indivíduos do mesmo sexo, podem agora pensar em contrair matrimónio. Muito embora ainda não possam ser abençoados pela santa madre igreja, brincava ele.

Perguntava-me se não era demais, um exagero mesmo. Dizia-me, inclusive, se não era um escândalo, termos uma lei que permite a celebração de casamento homossexual. Ainda por cima, elaborada e votada à pressa, como se o governo precisasse disso para combater a crise ou para fazer baixar o défice. É claro que todo este processo estrasanda a eleitoralice, concluiu.

Sem querer ser discriminador, aliás nunca fui, concordei com ele. Chamar-lhe casamento é, no mínimo, uma tolice e, no máximo, uma ofensa. União civil, isso sim. Com plenos direitos como os casais heterossexuais nesta situação, também estou de acordo.

Portanto, neste plano, e apesar da brincadeira do meu amigo, ambos pensamos de igual modo. Mas, quando passamos para o plano da adopção, as coisas já piam fino. Lá voltou o meu amigo à carga. Tu que és de Biologia, não achas que é contra-natura? Como se pode estruturar a personalidade de uma criança, adoptada por um casal homossexual, se os referenciais do masculino e do feminino não estão simultaneamente presentes?

Ele continuava a bombardear-me com questões e eu tentava responder-lhe. Olha, eu não concordo com a adopção por casais homossexuais. Com a adopção monoparental, sim. Por casais heterossexuais, claro, é a mais natural. Ou seja, no seio de uma família, a criança necessita de identificar um pai e uma mãe e nunca o poderá fazer na presença de dois pais ou de duas mães.

Por outro lado, o amor verdadeiro e profundo entre duas pessoas é, ou pode ser, sublimado pelos filhos, através do acto de procriar ou adoptar. Em qualquer das situações, não o aceito entre pessoas do mesmo sexo, porque como não o podem realizar naturalmente, procuram uma compensação, adoptando.

Também não questiono o amor que os casais homossexuais poderão demonstrar por uma criança, questiono as referências opostas e complementares entre o masculino e o feminino que não existem num relacionamento homossexual. Para aqueles que possam dizer que isto é virtual ou que não é verdade, digo apenas que estão a procurar disfarçar um problema concreto e que isto não vai ajudar a sua causa.

O acto de procriar é um acto de escolha e transmissão de genes, mesmo entre a classe humana racional e inteligente. É igualmente instintiva e sensitiva, mas praticada por duas entidades de género diferente. Só assim é morfologicamente possível. Se não for por métodos naturais, pois que os casais heterossexuais recorram a técnicas artificiais procriativas.

Como eu gostava de viajar ao interior da mente de uma criança quando ela atingir o estádio de desenvolvimento em que percebe a distinção de géneros e sentir que afinal tem dois pais ou duas mães. Quem é que humanamente estaria disposto a passar por uma experiência desta?...

Imagem (daqui)

3 comentários:

  1. Inteiramente de acordo ... que vivam a sua vida, mas não é necessário maricagem e fofalhice.
    Continua Mestre que agradas.
    Abraço
    JSS

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  2. Concordo plenamente consigo.
    Eu penso é que eles nos estão a tentar confundir.
    Não concordo de maneira nenhuma que o pai de uma criança se chame Maria, Susana ou Adelaide.
    Portugal está podre.
    Abraço

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  3. Na escola, criança diz: "não tenho pai nem mãe. Vivo com dois tios. ou duas tias, que nem sequer são irmãos/irmãs do meu pai/mãe. Mas a coisa vai, e até chega a ser divertido. Tenho assistido a cada coisa!"
    O que importa é tirar o máximo partido desta biodiversidade que é a vida...

    joao de miranda m.

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